Matéria que a Federação participou no RBS Noticias! Jovem vive em estado vegetativo no RS quase 2 anos após se ferir em luta - notícias em Rio Grande do Sul

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Uma jovem de 21 anos vive em estado vegetativo desde 2012, quando se machucou durante um campeonato de muay thai em Porto Alegre, como mostra reportagem do RBS Notícias (confira no vídeo). A jovem, que treinava há alguns meses, enfrentou uma adversária faixa preta na modalidade sem usar capacete, e foi internada devido às agressões que sofreu.

O caso foi investigado pela Polícia Civil, que indiciou oito pessoas. Os nomes não foram divulgados. Três respondem por tentativa de homicídio, dois por omissão de socorro e os demais por lesão corporal gravíssima. O Ministério Público tem cerca de um mês para responder se denunciará os indiciados.

"Era a primeira luta dela", diz a mãe da menina, Vera de Mello Ramos, que ficou sabendo do que aconteceu na luta por meio de amigas da filha. "Ela botou capacete, achou muito grande e a outra disse: ‘por mim, luto sem’", contou a mãe. "Que eu saiba a oponente tinha 10 anos de luta", comentou.

A luta aconteceu em outubro de 2012. Segundo testemunhas, a jovem levou muitos golpes na cabeça e começou a passar mal. Funcionários da empresa de ambulâncias que acompanhavam o campeonato se recusaram a levar a menina ao hospital, segundo depoimentos. Eles teriam dito que não podiam sair do local.

"A outra moça tinha muito mais tempo que ela de treinamento nesse tipo de esporte. Ela entrou saudável nesse local. Tinha árbitro, todos os organizadores, ambulâncias. Então ela saiu de lá para o hospital em decorrência de todos os traumatismos que sofreu", disse a delegada Vandi Lemos Tatsch.

Com traumatismo craniano, ela foi levada ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) no banco traseiro de um carro. Depois de dois meses em coma, ficou em estado vegetativo. A mãe pede apoio devido às dificuldades para pagar o tratamento médico que a filha precisa. "Procuro não olhar muito para trás. Procuro olhar só para o agora", diz, emocionada.

Segundo a Federação Gaúcha de Muay Thai, equipamentos de proteção podem ser dispensados em treinamentos, mas são obrigatórios nas competições oficiais, e o árbitro da disputa tinha a obrigação de proteger a integridade da atleta.

"Houve irresponsabilidade de quem casou essa luta, casando moça sem devido treinamento ou insuficiência de tempo, com outra pessoa que era faixa preta, foi o que foi informado pela delegada. Não tive maiores detalhes, mas isso não pode acontecer na nossa entidade. É proibido a nível mundial", disse o presidente da federação, Enildo Pacheco.

Pacheco ressalta, no entanto, que não há lei que obrigue promotores de competições de lutas a seguir as regras da entidade. "Nós precisamos que haja uma legislação em cima das artes marciais, principalmente competições, para que as federações tenham força pra fiscalizar", declarou.

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